Franchising, retail, business
28/05/2014
Como contribuir para soluções de desentendimentos através de alternativas concretas e positivas?
Numa época em que se começa a ouvir sobre “sharing economy” ou “economia colaborativa”, surge um primeiro questionamento. O que poderá ser compartilhado em vez de ser possuído? Quantas pessoas estão disponíveis para colaborar ao invés de competir?
Segundo a consultora jurídica especializada em relacionamento de redes, Melitha Novoa Prado, “é só olhar para o lado e notar que o mundo mudou, que as pessoas se transformaram - algumas para melhor e outras para pior - que a economia dos países se alterou,que os negócios se multiplicaram, que as marcas se expandiram e que as diferenças emergiram”. Ela completa: “E nesse ritmo caótico e frenético que comanda o varejo brasileiro, os parceiros se encontraram buscando o “grande sonho” de conquistar, de crescer, de ser e ter, cada vez mais, no menor prazo de tempo possível.”
O Franchising passou a ser uma alternativa viável para realizar o “grande sonho”. “Poderia ser perfeito se fosse possível não envolver pessoas, o que não acontece. O fator humano é o principal pilar que sustenta o Franchising e, como tal, sujeito à imprevisibilidade, mutações, alternâncias, transformações, incoerências e, ainda, conflitos e crises existenciais”, alerta Melitha.
Partindo daí, dentro desse universo, é preciso encontrar opções para manter a relação de franquia num ambiente saudável, criativo, amistoso e comprometido. Segundo a consultora, parece fácil no discurso, mas excessivamente complicado na prática. “Da mesma forma que cada Franqueador possui uma filosofia de trabalho e uma forma particular de pensar e agir, também seus franqueados possuem outras formas de sentir, agir e reagir”, exemplifica.“Nesse turbilhão de pensamentos, atos, sentimentos, percepções, reflexões, desejos e emoções, surgem os confrontos - por vezes inevitáveis, por vezes necessários– e, por fim, sempre passíveis de soluções. Mas para isso é importante ter atitude, com persistência, tolerância, garra e coerência”, diz Melitha.
Na visão de Melitha, quando se entende que buscar soluções não é nominar culpados, muito menos discutir o passado, é possível captar o real fundamento das práticas colaborativas para gerenciamento de conflitos. “Isso é um legado maravilhoso que não podemos perder. Ao contrário, a nossa função, como agentes atuantes no sistema de Franchising, é promover a reflexão de todos para que utilizem a sua inteligência emocional e equilíbrio pessoal para criar, inovar e encontrar novos caminhos que proporcionem espaços de convergência para solução dos conflitos", afirma.
Para tanto, é necessário tempo, treinamento e experiência, mas nada tão difícil de ser praticado e nem tampouco impossível de ser realizado. A consultora finaliza a reflexão: “A grande recompensa para o sistema é que, por meio das práticas colaborativas - onde as partes, seus advogados e demais consultores se unem num acordo de não-litigância - alcancemos uma evolução como pessoas, trabalhando dentro da agenda do bem e proporcionando resultados imediatos para a vida de todos envolvidos.”
By: administradores.com.br